segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pequena Reflexão sobre a sinistralidade em Portugal

Todos nós sabemos o quanto a sinistralidade rodoviária é um grave problema nacional que coloca Portugal dramaticamente no topo das estatísticas internacionais.
Números alarmantes que em cada ano significam dezenas e dezenas de vidasperdidas, muitas das quais de peões, ciclistas ou motociclistas.
Mortes em acidentes, a que se soma um elevadíssimo número de pessoasferidas, jovens e crianças muitas delas, irreversivelmente lesionadas eobrigadas a carregar como deficientes uma pesada herança ao longo da suavida.
Um drama que toca, directa ou indirectamente, a maioria das famílias portuguesas.
Se é certo que há uma cultura de agressividade instalada na nossasociedade, em que o carro como símbolo de estatuto social se transformouem absurdo instrumento de poder, de agressão e de afirmação, e esse é,para nós, um factor que é preciso reter, para agir e contrariar;
Se é certo também, que existe uma cultura instalada de impunidade, dedesrespeito e de desresponsabilização generalizada para com os outros,nomeadamente, quando ao volante e, essa é também uma atitude que é forçosocontrariar;
Certo é também, que o problema da sinistralidade rodoviária não se esgotana constatação destes factores, radica noutras e múltiplas causas cujaorigem importa identificar para tentar uma verdadeira mudança que é acimade tudo cultural, no sentido da prevenção e da promoção da segurançarodoviárias em Portugal (É este o nosso principal objectivo) .
Uma mudança que terá de passar necessariamente pela mobilização da escola,e dos outros agentes de socialização, nomeadamente os agentes culturais eos média para ultrapassar a chocante ausência de uma pedagogia cívica quehoje afecta, indiferentemente, comportamentos de peões e condutores, dediferentes gerações.
Uma mudança que terá também de ocorrer ao nível do rigor na inspecção doparque automóvel, cuja degradação tem reflexos na segurança e que carecede novas medidas de promoção, de facto, da sua renovação.
Mudança obviamente que terá de pôr fim ao clima de impunidade, só possívelde contrariar com um sistema de vigilância tornado rotina e nãopontualmente feito por campanhas, com dia e hora marcadas.

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