terça-feira, 29 de abril de 2008

Mortes nas estradas portuguesas

1975→ 2.676 mortos
1976→ 2.594 mortos
1977→ 2.153 mortos
1980→ 2.262 mortos
1988→ 2.534 mortos
1990→ 2.321 mortos
1992→ 2.372 mortos
1995→ 2.085 mortos
1997→ 1.939 mortos
2000→ 1.629 mortos
2001→ 1.466 mortos
2002→ 1.469 mortos
2006→ 860 mortos (estimativa muito provável)


Ao mesmo tempo que o parque automóvel passou de um milhão e cem mil unidades em 1975 para 5 milhões e setecentas mil este ano, a sinistralidade mortal foi reduzida de 2.676 vítimas mortais para 860.
É evidente que a queda este ano tem a ver com o preço da gasolina e, infelizmente, nem as gasolineiras nem a Brisa dão estatísticas de consumo e utilização deste ano em comparação com os anos anteriores, mas a estatística mostra uma quebra constante desde 1975 e que se começou a acentuar mais desde 1988. Apenas em 1997 descemos abaixo dos dois mil mortos e a partir daí nunca mais chegámos a essa cifra, estando em 2002 nos 1.469 mortos, o que revela que foi a melhoria muito acentuada na qualidade das estradas que permitiu reduzir o número de mortos enquanto o parque automóvel crescia para os valores proporcionais mais elevados da Europa. Claro, às rápidas intervenções do INEM se deve a salvação de muitas vidas.

Nestes números estão incluídos os mortos por atropelamento que atingiram principalmente pessoas com mais de 75 anos, enquanto que os condutores vitimados eram maioritariamente dos extractos etários entre os 20 e os 30 anos.

Na estrada, morre-se mais à sexta-feira, sábado e domingo. E mais entre as 15-18H, seguido do período entre as 12-15H e depois entre as 18-21H.
Morre-se muito mais com tempo bom que com chuva ou nevoeiro, dizem as estatísticas.

Auto-estradas portuguesas

Auto-estradas portuguesas com mais vítimas mortais

Num total de 19 países europeus, estima-se que morram nas auto-estradas uma média de 3,65 pessoas por cada mil milhões de quilómetros percorridos, valor que fica significativamente abaixo dos 6,76 que se registam em Portugal, revela o Conselho Europeu da Segurança nos Transportes.
O número de mortos nas auto-estradas nacionais só é ultrapassado pela Eslovénia (8,68) e pela Hungria (8,84). No extremo oposto, a liderar a tabela das auto-estradas menos mortais, estão a Suíça (1,41) e a Dinamarca (1,5).
No entanto, o risco de morte nestas vias tem vindo a diminuir acima da média europeia de 5,7%, baixando no País 8,5% de 1997 para 2006. Outra boa notícia é o facto do número de mortos em acidentes de viação ter baixado 30% no primeiro mês e meio deste ano face ao mesmo período de 2007, segundo dados reunidos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Ou seja, entre 1 de Janeiro e 15 de Fevereiro perderam a vida nas estradas nacionais 77 pessoas, menos 34 do que as 111 registadas no ano passado.

A4 é palco de fatalidades

Relativamente à perigosidade relativa das auto-estradas nacionais, a A4 é a que regista mais mortos e feridos ligeiros por km, enquanto que a A15 lidera nos feridos graves, adianta ao o secretário-geral da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Tragoso.

Contudo, «não é na qualidade das auto-estradas que está o problema», mas sim «nos comportamentos dos condutores e na velocidade».

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Acidentes Rodoviarios

Mais um dia mais mortos nas estradas portuguesas. Quando acabará esta matança? Pelos vistos só quando não houver mesmo ninguem a andar nas estradas.
Portugal e o país da União Europeia com maior taxa de mortalidade nas estradas e isso deve-se a quê? É a pergunta mais habitual. Pois deve-se a apenas 3 factores:
Falta de civismo nas estradas portuguesas, a que se junta o excesso de velocidade e o elevado consumo de alcóol
Falta de campanhas preventivas bem elaboradas
Mão pesada na eplicação do codigo da estrada
O nosso país, consegue ter mais mortes nas estradas que as tropas americanas em guerra no iraque. Esta é a nossa guerra, e não estamos a fazer nada para acabar com ela.
A falta de civismo e brutal. Como é possivel andar em contra-mão nas auto-estradas? Tentar executar ultrapassagens que ja se sabe a partida são impossiveis de se realizar? Só existe uma resposta para estas perguntas, falta de civismo portuguesa evidente em tantas outras situações.
O excesso de velocidade também é evidente, mas a isso se pode aliar o facto de cada vez mais os veiculos serem mais potentes o que leva os condutores a exceder os limites de velocidade. Na minha modesta opinião, não é o execesso de velocidade sozinho que mata nas estradas, está sempre acompanhado pela falta de civismo. Poucos, são os acidentes mortais originados apenas pelo excesso de velocidade.
Também, muitas vezes, se diz que os acidentes são provocados pelo escesso de alcool, não sou dessa opinião.
O alcoól é só mais um aliado, ao excesso de velocidade e à falta de civismo. O povo portugues e dos que mais alcoól consome na Europa, e também os que mais morrem na estrada. Para isso não é necessário baixar a taxa de alcooloemia que isso não leva a lado nenhum, mas sim aplicar duras penas a quem for apanhado com excesso de alcóol no sangue.
Portugal, tem uma fraca produção de campanhas de sensibilização para a sinistralidade nas estradas. Era necessario mostrar mesmo a realidade do problema e não mostra-la de uma forma superficial. Mostra-la por dentro, indo a hospitais, mostrando a realidade das familias que perderam os seus ente queridos, etc...
Só assim poderia-mos fazer ver a todos os automobilizados a realiade do nosso país, pois parece que só os números não estão a produzir os efeitos desejados.
Para tentar acabar com este flagelo só falta mesmo a vontade das forças de segurança em aplicar a lei de forma pesada, se tal não legislado que se legisle porque com este tipo de penas não vamos a lado nenhum. O codigo da estrada foi alterado, mas so serve para a circulação não para a criminalidade. Matar com um carro é um crime tão elevado como matar com uma arma ou outro objecto qualquer.
Por isso, a acção da policia em casos de execesso de velocidada, execesso de alcóol e de falta e civismo nas estradas tem de incidir no codogo da estrada é claro mas a penalizações tem que estar inseridas dentro do codigo penal, para que um individuo seja julgado pelos seus actos.
Só com uma forte mobilização de todos, e com a vontade da classe politica da forças da autoridade, e que vamos conseguir acabar com esta.

Causas da Sinistralidade Rodoviária

A velocidade excessiva e inadequada é a causa de cerca de um terço dos acidentes mortais e graves.Os condutores com uma taxa excessiva de alcoolemia são responsáveis por cerca de dez mil mortes todos os anos.Tem-se verificado que nos últimos anos se tem agravado a condução sob influência de drogas e fadiga.Outros dois factores agravantes resultam da não utilização dos cintos de segurança e dos capacetes de protecção. Aliás, se a taxa de uso de sistemas de retenção – cinto de segurança e cadeirinhas – atingisse a taxa verificada à escala internacional, seriam salvas sete mil vidas por ano.Embora esteja estabelecido que a maioria dos acidentes se dão por erro humano, a UE garante que a insuficiência da protecção oferecida pelos veículos em caso de choque é outro dos factores causador de mortes. A perícia dos acidentes revela que, se todas as viaturas fossem concebidas para oferecer, em caso de acidente, uma protecção equivalente à que é oferecida pelas melhores da sua categoria, metade das lesões mortais e incapacitantes poderiam ser evitadas.Outro dos pontos analisados pela CE refere que a concepção das estradas e do equipamento rodoviário tem, igualmente, um papel essencial na redução das lesões em caso de colisão e pode influenciar positivamente os comportamentos.A falta de visibilidade do ângulo morto para trás é, por si só, responsável por 500 mortes por ano. Em Portugal, só os atropelamentos são responsáveis por 17% das mortes nas estradas.

Pequena curiosidade em como se deve circular numa rotunda





Uma das muitas causas de sinistralidade em Portugal

-Um automobilistas a ser apanhado a 171km/h na auto-estrada e a pagar apenas 120€ de multa!! O homem ia exceder o limite em 51km/h, tinha mais do dobro da energia cinética que o máximo permitido, teria um espaço de travagem mais do que duas vezes maior do que os 120, um potencial homicida por negligência e paga apenas dois tanques cheios? Estas multas são para rir, especialmente porque todos sabemos que há uma probabilidade baixíssima de sermos apanhados. Em cada 100 vezes que se excedem a velocidade é se apanhado 1 ou 2, ou seja a multa por cada infracção é na prática 1€ ou 2€
-O mui nobre presidente da ACP, Carlos Barbosa, atribui as principais culpas da sinistralidade ao Governo, por permitir que o ensino da condução em Portugal estar caduco! Já não há pachorra para tanta hipocrisia. Será que ninguém sabe que desrespeitar as regras de trânsito é um perigo? Basta passar a fronteira para ver que os condutores portugueses sabem perfeitamente conduzir, só que do lado de cá esquecem-se. E mesmo se a educação fosse o principal problema, e se amanhã os novos condutores fossem perfeitos, iríamos esperar 50 anos até os actuais terem morrido?
-Um especialista holandês faz o contra-ponto logo a seguir, dizendo que o essencial é o sentimento de impunidade e a credibilidade da mensagem das autoridades. Todos os condutores em qualquer país acham que só acontece aos outros, por isso sem uma ameaça credível contra o desrespeito das regras, nada feito.

PSP de Coimbra vai apostar na redução da sinistralidade rodoviária em 2008

O comandante da PSP de Coimbra anunciou hoje que a redução da sinistralidade rodoviária será prioritária na intervenção da polícia ao longo deste ano, com acções repressivas, mas actuando também ao nível da prevenção."Estamos apostados claramente na redução da sinistralidade rodoviária, actuando mais a nível da repressão e exercendo também um maior esforço na prevenção, em colaboração com outras entidades", anunciou Bastos Leitão, em conferência de imprensa hoje nas instalações da PSP da Coimbra.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Pequena Reflexão sobre a sinistralidade em Portugal

Todos nós sabemos o quanto a sinistralidade rodoviária é um grave problema nacional que coloca Portugal dramaticamente no topo das estatísticas internacionais.
Números alarmantes que em cada ano significam dezenas e dezenas de vidasperdidas, muitas das quais de peões, ciclistas ou motociclistas.
Mortes em acidentes, a que se soma um elevadíssimo número de pessoasferidas, jovens e crianças muitas delas, irreversivelmente lesionadas eobrigadas a carregar como deficientes uma pesada herança ao longo da suavida.
Um drama que toca, directa ou indirectamente, a maioria das famílias portuguesas.
Se é certo que há uma cultura de agressividade instalada na nossasociedade, em que o carro como símbolo de estatuto social se transformouem absurdo instrumento de poder, de agressão e de afirmação, e esse é,para nós, um factor que é preciso reter, para agir e contrariar;
Se é certo também, que existe uma cultura instalada de impunidade, dedesrespeito e de desresponsabilização generalizada para com os outros,nomeadamente, quando ao volante e, essa é também uma atitude que é forçosocontrariar;
Certo é também, que o problema da sinistralidade rodoviária não se esgotana constatação destes factores, radica noutras e múltiplas causas cujaorigem importa identificar para tentar uma verdadeira mudança que é acimade tudo cultural, no sentido da prevenção e da promoção da segurançarodoviárias em Portugal (É este o nosso principal objectivo) .
Uma mudança que terá de passar necessariamente pela mobilização da escola,e dos outros agentes de socialização, nomeadamente os agentes culturais eos média para ultrapassar a chocante ausência de uma pedagogia cívica quehoje afecta, indiferentemente, comportamentos de peões e condutores, dediferentes gerações.
Uma mudança que terá também de ocorrer ao nível do rigor na inspecção doparque automóvel, cuja degradação tem reflexos na segurança e que carecede novas medidas de promoção, de facto, da sua renovação.
Mudança obviamente que terá de pôr fim ao clima de impunidade, só possívelde contrariar com um sistema de vigilância tornado rotina e nãopontualmente feito por campanhas, com dia e hora marcadas.